sábado, 12 de março de 2011

Projeto didático: conteúdo com significado e valor social

Projetos

A experiência com projetos, em sala de aula, não é um exercício simples nem fácil. Exige a participação ativa de todos os envolvidos, clareza de objetivos e avaliação processual.

Quando propomos um projeto para nossa turma, levamos em consideração a necessidade e o interesse dos alunos, o projeto estratégico da escola e as orientações curriculares emanadas da Secretaria Municipal de Educação. Mas é no contexto da sala de aula que o projeto se funda, para dar significação aos conteúdos previstos para a série.

É no desenvolvimento do projeto didático que o aluno reconhece a função social do conhecimento, aprende a ser, a conviver e a transformar a sua própria realidade, a partir dos conhecimentos, valores e habilidades que vai construindo.

Trabalhar com projeto não é modismo nem representa a oferta de um ensino fraco para nossos alunos. Pelo contrário, é uma estratégia que demonstra a qualidade e a força da escola como instituição social, capaz de formar cidadãos bem preparados para compreender os fatos sociais e exercer, reflexiva e criticamente, sua cidadania.

Por isso, vem aí “Quem comunica amigo é: manda a dengue dar no pé!”.

quarta-feira, 9 de março de 2011

João Carlos Martins é inspiração de vida para uma sala de aula viva

A escola de samba paulista Vai-Vai foi, pela 14ª vez, campeã do carnaval 2011 do grupo especial de São Paulo, levando para o Anhembi a vida de João Carlos Martins, um dos intérpretes da música erudita mais ovacionados em nossa história contemporânea.

A história do maestro merece ser conhecida e compartilhada em sala de aula com nossos alunos, como ilustração de um poderoso exemplo de superação:  renomado pianista, que se envolveu no lamaçal da política, foi violentado,sofreu a perda do movimento de duas mãos e renasceu para a vida.

Como educadores de escola pública, sabemos que o nosso esforço não é somente o de ensinar os componentes do currículo formal, mas sobretudo referendar um currículo oculto que seja para cada um de nossos alunos uma inspiração que renove a sua esperança num futuro melhor. João Carlos Martins, por exemplo, é essa referência.

Além desse vídeo, sugiro a quem se interessar explorar esse tema em sala de aula navegar nesse belíssimo material online:

- Saiba mais sobre João Carlos Martins, homenageado da Vai-Vai

- O renascimento de João Carlos Martins

- Saiba mais sobre João Carlos Martins, homenageado da Vai-Vai

- Reportagem de apresentação do Maestro João Carlos Martins da TV Cultura

- Um bate-papo com o maestro e pianista João Carlos Martins e o tenor Jean William

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terça-feira, 8 de março de 2011

Revisão escolar identifica necessidades da turma e favorece a tomada de decisão adequada

Revisão

Desde que iniciaram as aulas, foram três semanas de atividades, praticamente, ligadas ao nosso primeiro projeto de trabalho: “Quem REvisa amigo é!

Privilegiando a realização dos exercícios dos Cadernos de Revisão de Língua Portuguesa e Matemática, fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação a alunos e professores, pudemos observar e identificar as necessidades e possibilidades de cada educando quanto à leitura e ao desenvolvimento do raciocínio lógico.

Apresentaremos, em outro post, mais detalhes sobre nossa análise preliminar, mas podemos com precisão apontar quatro situações que merecem ser trabalhadas urgentemente com nossos alunos:

- a comunicação, para aprenderem a conhecer;

- o respeito, para aprenderem a conviver;

- a autoestima, para aprenderem a ser;

- a função social do conhecimento, para aprenderem a fazer.

Não só durante os exercícios dos Cadernos de Revisão individuais, mas também nas dinâmicas e nos trabalhos em grupo, percebemos uma grande limitação dos alunos no uso da expressão oral, na resolução de conflitos por meio do diálogo e na aplicação em situações do dia-a-dia do conhecimento científico. Com isso, passam boa parte do tempo se estranhando, com medo de socializar algum ponto de vista ou comentário pessoal.

Agrava ainda mais o fato de escreverem muito mal e terem pouquíssimas experiências com a leitura no universo familiar e escolar. Poucos escrevem mais de um parágrafo com coerência, coesão e clareza; ninguém leu algum livro, jornal ou revista fora da escola ou na escola este ano. Todos, no entanto, declararam que gostam de ler e ouvir histórias!

Expus o problema para eles e convidei-os a pensarmos juntos no trabalho que podemos e devemos fazer ao longo do bimestre, para que outro cenário se configure em nossa sala de aula. Todos concordaram: o foco precisa ser a leitura e a escrita; a partir daí, o restante fica mais fácil.

Após despertar neles a consciência, portanto, sobre a responsabilidade do seu sucesso escolar, apresentei o projeto bimestral “Quem avisa amigo é: manda a dengue dar no pé”, por meio do qual exploraremos os valores listados anteriormente: comunicação, respeito, autoestima e função social do conhecimento – tendo a comunicação como fio condutor. Publicaremos o projeto no próximo post.

Com essa parceria, torcemos para que tudo dê certo. E ainda que a realidade nos limite, nossos sonhos nos incentivam a ousar mais, para fazer nossas crianças e nós mesmos felizes hoje e amanhã. Com qualidade no ensino e na aprendizagem.